domingo, 29 de janeiro de 2012

Velejada às Capivaras


Pelotas, 21 de janeiro de 2012.


Saindo do Arroio Pelotas rumo as Capivaras em S. José do Norte - Lagoa dos Patos/RS.

A convite do meu pai Arilson, neste final de semana (21 e 22/jan.) fizemos uma grande velejada até a Vila de Pescadores Capivaras, foi minha primeira velejada com o barco novo do pai, que se chama Yahoo um microtoner 19 que com sua quilha retrátil nos permite chegar mais próximos aos locais e velejar fora do canal com mais tranquilidade.

Fizemos uma ótima navegada de ida e na volta estudamos nas cartas para fazer um atalho do canal do casco para o canal da barra, sempre com o GPS e atento as andanas, calões e ao rumo, foi uma velejada e tanto, neste dia voltamos em exatas 3 horas e 15 minutos das Capivaras ao clube no arroio pelotas.

A navegação iniciou com os primeiros raios de sol, as 7 horas da manhã já navegávamos em macha média do motor rompendo a superfície espelhada do arroio ao amanhecer.



Saindo do ICP - 7:00 am



Arroio Pelotas espelhado



Nascer do sol - arroio pelotas



Garça-moura, a espera dos primeiros raios de sol



Barra do arroio pelotas - rumo ao Canal S. Gonçalo



Yahoo



Sombras de um grande barco



Empurrando e levando - motor de popa e piloto automático



Reunião matutina na boia nº8 do S. Gonçalo



Singrando


Margem do Canal S. Gonçalo e fragmento florestal


Velejando


Vela mestra


Pai no leme


Preparando o barco para atracar



Dunas altas e pinus ao fundo



sombra e água fresca



Salgas sob palafitas - entreposto de pesca



A turma de Rio Grande parou na 1ª salga



Salga do Giló - abrigo para qualquer vento



Navegando pela lagoa



Um último retoque



Fotografa que este merece!



Resistindo ao tempo - Vila Capivaras



Bom destino


Em reparos


Dando uma mão


Sr. Larinho fazendo os últimos ajustes no motor para o início da safra do camarão
embarcação "Comandante d'ouro"


Pelas ruas da vila


A igreja da comunidade


Casas e hortas


Caminhando pelas ruas de areia das Capivaras


Grande barco e sempre pronto para um acampamento


Final de tarde


Preparando a janta



Por do sol nas Capivaras


Percurso da velejada

saudações,

Alberto Blank





segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Viagem de kayak desde La Plata a Porto Alegre

Dois canoístas argentinos Gustavo Perrucci & Néstor"Vikingo"Rasiak iniciaram ontem (15/01/12) uma remada desde a cidade de La Plata na Argentina até Porto Alegre , com previsão de completar a expedição em aproximadamente 15 dias.

Suerte a los Hermanos!



Gustavo Perrucci & Néstor"Vikingo"Rasiak


"A idéia desta viagem é unir a cidade de LA PLATA (ARGENTINA) com a cidade de Porto Alegre (Brasil).

A partir de La Plata começamos a travessia do Rio da Prata até a cidade de Colonia (Uruguai), como é um cruzamento de águas abertas e não há lugar para parar, teremos o auxílio de um veleiro.

Continuaremos a costa uruguaia remando com vista da costa, dormiremos em povoados, cidades ou na costa até chegar em Rio Grande (Brasil), onde entraremos na Lagos dos Patos e iremos até nosso destino final: Porto Alegre."


mais informações no blog da dupla:




adaptado por Alberto Blank

domingo, 1 de janeiro de 2012

Pelotas - Rio Grande velejando de windsurf

Domingo dia 4 de fevereiro de 2001.



Para 99% dos velejadores da Prowind, escola de windsurf e kitesurf, foi um dia normal, velejada curta no raso indo no máximo até a barra, jogo de ping-pong e um mate na tardinha.

Eu e o restante da equipe Gaastra total flow (Baiano e Bruno) felizmente não diremos o mesmo!

A aventura começou logo que cheguei à guarderia Prowind.
Sem nada programado logo vi o Sperb e o Baiano velejando juntos, na mesma hora lembrei das conversas sobre ir velejando de windsurf até as areias gordas, São Jose do Norte e até mesmo para Rio Grande, casualmente para o lado que eles estavam velejando. Cheguei pensando em botar o minha prancha de course e minha vela gaastra 7.8 na água e tentar encontrá-los no meio da lagoa.



Sérgio Sperb com filho


Flávio (Baiano)





Ricardo Amin (Quem Foi)



Bruno Gomes (Costa Larga)



Alberto Blank (eu)


Logo passamos pelo canal e senti que o bordo seria longo, o dia estava ensolarado e com vento moderado perto de 12nós e o visual deslumbrante com a água salgada e em de azul e verde.

Já tinham se passado algumas milhas desde a saída do laranjal, estávamos eu e o bruno já passando pelo través do umbu e perto da ilha da torotama, derrepente avistamos um navio grande vindo pelo canal em sentido contrário ao nosso, chegamos mais perto quando vimos uma vela de Wind vindo em nossa direção mais uma olhada e: -É o Baiano! Ele cambou e ficou ao nosso lado, dizendo:

-Bahhh! vocês estão vendo aquele navio lá?! Eu estava velejando em direção a ele mas quando chegou perto resolvi voltar! E completou...

-Vamos pra Rio Grande já avisei o Léo, e o Larry vai estar lá de carro nos esperando no Rio Grande Yatch Clube!

Pela primeira vez acreditei no Baiano... e sem nem titubiar!




Léo (entre um velejador de 13 e outro de 60 anos)



Larry



Prowind - guarderia de windsurf e vela


Dai para frente fui velejando ao lado do Baiano, e o Bruno ia ficava cada vez mais para trás, mais uns 30min se seguiram e comecei a ficar preocupado com o Bruno, volta e meia falava para o Baiano que nos deveríamos esperar um pouco pelo Bruno porque eu mal o enxergava, mas o Baiano sempre desconversava e falava que daqui a pouco iriamos espera-lo.

Para a sorte do Bruno minha quilha tocou no chão, estávamos em cima do baixio do Diamante, já mais próximos de Rio Grande do que de Pelotas falei para o Baiano que seria o momento para esperar o Bruno. E tivemos que esperar uns 30 minutos até ele chegar em nós... E quando ele chegou tivemos que escutar seus lamentos, no momento o Baiano bem que tentou amenizar a situação mandando uns beijos para ele, mas eu acho que só alimentou a fúria do rapaz que disse:

- Pô, vocês são fogo! Nem pra me esperar, eu estava com cãibra e achei que vocês iriam me deixar!

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Logo o bom humor já estava de volta e a flotilha velejava unida com destino a Rio Grande, já estavam a vista alguns edifícios da cidade e com o destino na nossa frente e tudo dando certo parecia que seria uma velejada sem grandes imprevistos, subitamente uma rajada forte e gelada entra contra nosso rumo, na mesma hora a rajada força a vela que me derruba da prancha e fico dentro da água esperando um tempo a situação calmar, estranhamente em poucos minutos o vento voltou para nordeste e na mesma intensidade como se nada tivesse acontecido.

Voltamos a velejar com uma sensação de vitória, nós os três fomos velejando lado a lado e curtindo o belo visual da lagoa salgada. Já perto da ilha dos marinheiros, ao invés de orçar o Bruno foi contra a indicação de rota e resolveu arribar para tentar passar pela direita de uma ilha, quando se deu conta que não seria possível completar seu trajeto voltou para a rota original nos seguindo.

Com o Bruno afastado eu e o Baiano entramos no canal ao lado da cidade e fomos velejando com vento de popa e passando por balsas, barcos de pesca e tantas outras embarcações que transitam pelo local, fomos dando jibes rumo ao rio grande yacht clube sem parar de vibrar e comemorar a grande velejada.

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Pisamos no trapiche do RGYC pouco antes das 18:00 horas, só então foi cair a ficha, o Larry não estava lá nos esperando e na verdade o Baiano não tinha avisado ninguém sobre uma velejada longa. Em resumo tínhamos saído a 2horas e meia de Pelotas sem ninguém saber onde estávamos, por sorte na prowind já tinham notado nossa ausência do visual e estavam alertas a qualquer sinal ou telefonema.

Estávamos em RG e fomos imediatamente até um orelhão ligar a cobrar para a prowind e dar um sinal de vida e explicar a situação... É claro que quem ligou foi o Baiano, o inventor da mentira toda... O Léo atendeu e já deu um sermão nele que escutou por um tempo e passou o telefone para mim, pedi desculpas por sair sem avisar nada mas também não poupei as palavras ao Baiano que havia nos afirmado ter avisado ao Léo e o Larry, mais algumas palavras e assunto no telefone estava melhor e pedimos um auxílio de resgate para voltar a Pelotas, o Bruno ofereceu a eles que pegassem sua parati que estava com a chave , tanque cheio e com o Cd do ACDC no som! O Léo e o Larry não tiveram como negar o resgate e prontamente se encarregaram de nos buscar.

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Isto eram quase 19:00 horas e ainda tivemos tempo de desmontar o material e comer um baúru “fiado e trovado” com uma coca-cola no bar do clube. Esperamos mais algum tempo e eles chegaram ao clube e foi uma festa só, eles nos cumprimentaram pela grande velejada enquanto já colocávamos as pranchas no sarcófago e nos racks sobre o carro. Ao entardecer tudo carregado e pegamos a estrada rumo a Pelotas curtindo um som e conversando sobre a velejada.

E foi graças a destreza e astúcia dos três velejadores, a mentira do Baiano e a boa vontade do Leo e do Larry esta história teve um final feliz!

Valeu!
Alberto Blank

fotos guarderia prowind em 2001:



prowind 1


prowind 2


prowind 3


Rota da velejada


Total percorrido 18,34 milhas náuticas


15/03/2001

Relato por Alberto Blank Schwonke
Pelotas-RS

Fotos: Ayumi Miyazaki e Nei Malander,

Texto original publicado por Inema

Adaptado em dezembro de 2011, por Alberto Blank


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